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Por enquanto, as demais postagens seguem alteradas para rascunho e serão publicadas assim que forem sendo revisadas.


Última atualização: 1° Agosto de 2018 - 21h59


Veja algumas fotos da minha atuação na peça Canto Para Woyzeck



domingo, julho 27, 2014

#Resenha - A menina que não sabia ler - John Harding


 "O que eu deveria fazer agora? Ali estava eu, uma garota de 12 anos, órfã, sozinha no mundo, exceto por alguns criados queridos mas estúpidos e, é claro, meu irmãozinho que, longe de poder me ajudar, precisava da minha proteção."

A seguinte frase descreve muito bem esse livro: "Era fantástico demais para qualquer um que não tivesse imaginação."

Florence vive em uma mansão velha e acabada que o livro descreve como "caindo aos pedaços", e como sendo menina, ela é proibida pelo seu tio - qual ela nunca viu - de aprender qualquer tipo de cultura ou desenvolver qualquer intelecto.
A menina vive com sua governanta, a Sra. Grousse, com sua cozinheira, Meg, seu irmão, Giles e seu cocheiro, John. E com apenas doze anos, Flo começa a viver aventuras que sua imaginação nunca poderia inventar.

Escondida em uma biblioteca da mansão, a menina que não sabia ler aprende a ler, sempre cuidando para não ser descoberta por ninguém.
Com o tempo, a vida de Florence começa a dar voltas.

Quando Giles, seu irmão, vai para a escola, a menina começa a duvidar se ele está se encaixando bem no meio de tantos moleques, além da preocupação ela conhece Theo Van Hossier, um garoto magricela que sofre de asma. Mas as aventuras começam mesmo quando sua preceptora, a senhora Whitaker, morre afogada e é substituída pela Sra. Taylor.


Nota:

A menina que não sabia ler só não sabe ler no inicio de livro. Ela aprende tão rápido que não entendo nem porquê o nome do livro é esse (a história não vai falar sobre o desenvolvimento de uma analfabeta aprendendo a ler, e acho que isso foi bom).

Algo ruim sobre o livro, pelo menos pra mim, é que dá pra desconfiar de tudo antes de acontecer. O livro é de muitos mistérios e nem todos eles são explicados, mas dá pra subentender todos nas entrelinhas.

Pontos muito bons da história é que ele menciona muitos assuntos que quem não conhece vai logo procurar e quem já conhece, se identifica e sente medo. Quem já sofreu de paralisia do sono, por exemplo, logo percebe as semelhanças.
O livro também cita autores como Shakespeare e Poe e também menciona o remédio Clorofórmio, o que deixa suas vitimas inconscientes. Ah, também dá pra lembrar um pouco de Babá McPhee, mas é bem mais tenso.

Mas o que o leitor mais precisa estar avisado é que não se pode criar muitas expectativas sobre o livro, principalmente pelo final que ele tem.

"Se ela quisesse uma luta teria uma, não importava que poderes sombrios tivesse à sua disposição. Eu seria a abelha do seu piquenique. Estragaria seus planos. Não desistiria. Não fui feita para isso."



Observação: Li esse livro a pedido de uns leitores que primeiro esperaram minha opinião antes de iniciarem leitura. Os mesmos me enviaram o pdf do livro e eu o li no serviço, nos momentos vagos. Clique aqui para ser encaminhado para o link do Pdf.
PS: Quase desisti do pff porque contêm muitos erros, mas a história até que vale a pena.


sábado, julho 12, 2014

#Resenha - Battle Royale - Koushun Takami

E não se tratava simplesmente de serem mortos: os estudantes deviam se matar uns aos outros até que restasse uma única cadeira. Sim, esse era o pior jogo de dança das cadeiras de toda a história.” Página 46, Editora Globo Livros

Quarenta e dois alunos são depositados numa ilha onde o objetivo de cada um é sobreviver. Num dia todos são colegas de classe e no outro ninguém pode confiar em ninguém. Ontem você não dava nada pelos imbecis da classe, hoje esses mesmos imbecis estão escondidos esperando para te matar.

Em Battle Royale não existe o se opor a participar do jogo. Ninguém nem ao menos escolhe estar nele. Aqueles que acabam ampliando seus pensamentos de rejeição ao tal [Yukiko Kitano e Yumiko Kusaka] se dão muito mal.

Você não pode querer não matar. Se você quer viver, você precisa revidar as ameaças.

Todos ali são obrigados a se matar para sobreviver. Não há como fugir.
Alguns [Kazuo Kiryama] matam a sangue frio, outros [Mitsuko Soma] tiveram motivos para serem maus. 

Em Battle Royale, viver no Japão é ser obrigado a aceitar as regras do Supremo Líder que criou esse programa onde jovens tem que se matar para sobreviver e apenas um sai com vida, mas ainda assim, esse que sai com vida, continua a ser cativo, e todo esse programa serve apenas como um aviso á população para que não ajam como rebeldes.

... Seja lá como for, se seu oponente te apontar uma arma, não hesite. Do contrário, você morre. Antes de ficar refletindo sobre o adversário, em primeiro lugar desconfie. Você não deve confiar muito em ninguém neste jogo.Página 157, Editora Globo Livros


Um pouco de opinião:

Estou bastante feliz por finalmente ter conseguido ler esse livro. 
A primeira vez que soube da existência de Battle Royale foi pelo Biblioteca do Terror que tem as melhores resenhas de livros tensos e intensos, todas escritas pelo Rafa Filth!
O livro é indicado por Sthepen King, e só por ai já se pode prever que é um baita livro.
Pra se ter mais uma ideia geral: Battle Royale perdeu um prêmio de literatura no Japão por ser considerado um livro de conteúdo polêmico.

O livro tem adolescentes da oitava série (nono ano) como personagens principais.
Sobrevivência como objetivo.
Matar como salvação.
Viver como cativeiro.
Fugir, o que é impossível, como libertação.

   
"Não posso simplesmente morrer. Na minha idade, ainda há muita coisa para fazer e se divertirSho Kawada – Página 350, Editora Globo Livros

Dos quarenta e dois alunos, quando percebi que só restavam seis foi um baque e tanto.
Quando pensei que eu poderia prever quem iria se salvar, Koushun riu na minha cara.
Odiei antes do tempo, e amei fora de hora. Torci pra lados errados diversas vezes e esqueci os momentos de me tornar a favor.

 
... Agora restavam vinte e um estudantes. Apenas dezoito horas haviam se passado desde o inicio do jogo e, mesmo assim, a turma B do nono ano da Escola de Ensino Fundamental Shiroiwa foi reduzida à metade.Página 357 - Editora Globo Livros

Algumas dificuldades na leitura se dá pelo nome dos personagens, mas isso só acontece no início. Depois de um tempo a gente se pega até escrevendo o nome deles sem consultar o livro. Sem contar que a personalidade dos personagens foi criada com uma maestria que faz qualquer um amar o livro. Koushun é quem teve sucesso ao escrever cada peça desse jogo: Uns engraçados [Yutaka Seto], outros sérios [Shogo Kawada], homossexuais [Sho Tsukioka], tolos [Yoshio Akamtsu], excêntricos [Mizuho Inada], inteligentes [Shinji Mimura], outros que surpreendem [Takako Chigusa] e ainda outros que são os mais empolgantes da história [Shuya Nanahara e Noriko Nakagawa]...

Um livro narrado em 3ª pessoa mas que faz você pensar com e como o personagem.
Assemelha-se a Jogos Vorazes? Sim. E quase muito. Porém não têm o mesmo objetivo.


Links

Para saber mais clique em Quotes, ou se quiser a lista dos mortos em ordem clique em Spoiler.