quando eu era pequeno me fizeram chorar.
um choro sentido, cheio de significados.
eu ainda não tinha coragem pra dizer "para".
então o que eu podia fazer era, simplesmente, me afastar e fugir.
enquanto fui crescendo, eu continuei me afastando,
mas nesse tempo eu comecei a amadurecer.
talvez crescer com o sentimento de ódio e medo tenha sido muito ruim pra mim.
mas enfim eu amadureci.
quando retornei foi diferente,
na primeira vez que deixei o medo de lado, a coragem se apossou de mim.
mas ainda hoje não esqueço daqueles dias.
eu era a vítima porque eu deixava.
Com apreciação,
Gabryel Fellipe F. Costa
Por todos os cantos existem as chamadas "vítimas voluntárias".
Elas podem ser encontradas dentro de algumas famílias, no canto de uma sala de aula, em algum grupo religioso, enfim. Não é difícil de encontrá-las.
Para identificar uma, é só observar naquelas que sofrem caladas e aceitam tudo de cabeça baixa, mas são expert em fingir. E todo esse fingimento será a matéria mais avançada para eles e que demonstrará ótimos resultados quando a vitima voluntária acabar explodindo e recebendo a coragem como troféu.
Acredita-se que todos, um dia, já foram vítimas voluntárias.
Porque sempre acontecem catástrofes em nossa trajetória de vida,
afinal, todos temos o nosso diário catastrófico, e esse é para me fazer
crescer mais, e melhor.
